Algo importante sobre fibras ópticas é que elas possuem um grande inimigo: a água. O contato da fibra óptica com a molécula de água degrada a sílica, causando micro trincos, atenuação e, até mesmo, ruptura. Por isso, para limpeza da fibra, nunca usamos água, mas, sim, álcool isopropílico. Na Tabela abaixo, vemos os códigos de cores Nacional e Internacional. Esses códigos são aplicados no acrilato para que se possa identificar o número da fibra dentro de um cabo óptico.
Curvaturas na fibra óptica provocam atenuação do sinal de luz na fibra, pois parte da potência óptica tende a fugir pela casca. Por isso, a mecânica de um cabo óptico é feita de tal forma para se evitar as macrocurvaturas. Além das curvaturas, o cabo, também, é projetado para impedir o alongamento, a compressão e a torção das fibras. Para utilização de um cabo óptico, é necessário conhecer o meio que ele trabalhará. Existem cabos com diversas características para trabalhar em diversas situações, como, por exemplo:
- Cabos ópticos para instalações internas.
- Cabos ópticos anti-chama.
- Cabos ópticos submarinos.
- Cabos ópticos OPGW
- Cabos ópticos autossustentados para instalações aéreas.
- Cabos ópticos para instalação em duto ou aérea por espinamento.
- Cabos ópticos autossustentados para instalações aéreas de vãos longos.
- Cabos ópticos para terminação de redes.
- Cabos ópticos para instalações enterradas
Quanto ao alojamento da fibra dentro do cabo, podemos classificar em dois tipos : com revestimento tipo loose (tubos loose) possuem tubos plásticos em que a fibra fica solta dentro e o revestimento tigth (preso) nos cabos ópticos é aplicado, diretamente, sobre o conjunto de fibras e, nesse caso, elas ficam presas em grupos . É importante conhecer as especificações dos cabos em um projeto ou, até mesmo, durante uma manutenção.
Os cabos podem possuir um elemento de preenchimento (tipo um gel) por fora dos tubos e dentro dos tubos, onde as fibras são alojadas. O objetivo dessa geleia é evitar que a umidade entre no cabo e percorra dentro do cabo até uma caixa de emenda, onde suas fibras estão mais expostas.
Na Figura abaixo, temos um cabo de 36 fibras seccionado. Nessa figura, podemos ter uma ideia melhor de como são distribuídas as camadas internas dos cabos. No caso do cabo nacional, você deve estar pensando como conseguiria diferenciar a sequência dos tubos de 3 a 12, sendo todos brancos. Dentro do cabo, os tubos seguem uma sequência, rotacionando no eixo. Você vê o tubo verde na parte superior e, logo a sua direita, o tubo amarelo, então, a sequência dos números dos tubos seguira o sentido horário. No caso de o tubo amarelo estiver à esquerda do tubo verde, o tubo três seria o próximo à esquerda, seguindo o sentido anti-horário.
Os cabos podem possuir um elemento de preenchimento (tipo um gel) por fora dos tubos e dentro dos tubos, onde as fibras são alojadas. O objetivo dessa geleia é evitar que a umidade entre no cabo e percorra dentro do cabo até uma caixa de emenda, onde suas fibras estão mais expostas. Os cabos ópticos são fornecidos em bobinas que podem ter tamanhos variados.
Vamos supor que você seja provedor e tenha rede de internet, via fibra óptica, em uma cidade e queira expandir esta rede para uma cidade vizinha a 32 quilômetros. Se você for passar um cabo nessa distancia, poderá comprar oito bobinas de 4000 metros. Mas, para que isso funcione, deverá fazer emendas da fibra em caixas ópticas de emenda.
Na tabela abaixo, temos os códigos de cores para os tubos, de cabo Nacional e cabo Internacional. Veja que nos cabos nacionais a partir do terceiro tubo a sequencia de cores são todas brancas. A forma de identificação dos tubos é pela rotação da contagem, que começa sempre no verde e segue o sentido do amarelo. No caso dos cabos internacionais, os tubos são identificados pelo mesmo código de cores utilizado nas fibras.
Na Figura abaixo, temos um cabo de 48 Fibras. Veja que ele é formado por quatro tubos, um verde, um amarelo e dois brancos. Na foto, temos a impressão que o cabo tem cinco tubos, mas, na verdade, no centro, o elemento branco rígido é o elemento de tração do cabo. Nossos códigos de cores da Tabela 1 possuem, apenas, 12 cores para diferenciar as fibras, então, é necessário mais um meio para que possamos diferenciar a
sequência de numeração das fibras, e este meio são os tubos. Nesse caso, em cada tubo, temos 12 fibras
que totalizam as 48 fibras do cabo.
Na Tabela abaixo para o cabos com 12 fibras por tubo, vemos que a linha superior indica os tubos possíveis nesses cabos. Para um cabo de 48 fibras, os quatro primeiros tubos (4 x 12 fibras = 48 fibras) serão utilizados. A fibra 38 nesse cabo estará no tubo 4 e terá a cor amarela.
Para cabos de 6 fibras por tubos a tabela abaixo é a utilizada. Importante frisar que o numero das fibras em cabos de 12 fibras por tubo e cabos de 6 fibras por tubo poderão não coincidir no mesmo tubo em uma sangria. Por exemplo, a fibra 24 em um cabo de 48 fibras estará no segundo tubo (tubo amarelo), e a fibra 24 em um cabo de 36 fibras com 6 fibras por tubo estará no quarto tubo (tubo Branco).
Na figura acima do cabo de 48 fibras, você vera no corpo do cabo codificação CFO-SM-AS80-G-48-NR. Na figura abaixo, você vera o significado dessa codificação . A quarta letra indica que as fibras possuem, como revestimento, o acrilato. A Posição X do código indicará o tipo da fibra. A sigla ASY indicará que o cabo é auto sustentável. O cabo auto sustentável é o que consegue suportar o próprio peso a uma determinada distância. No caso desse cabo de 48F AS80 da foto por exemplo, ele conseguira suportar o próprio peso em um vão de 80 metros de distância entre postes, sem precisar de um outro meio de sustentação, como cordoalhas de aço.